Para animar a festa estiveram presentes Alexandre Magno o Dj 2old4school, o Dj John Holmes e desfilaram as Marchas da SCMCR. Houve também porco no espeto e bolo de aniversário.

Neste evento realizou-se ainda a inauguração dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social – 5ª Geração (CLDS 5G), projeto que irá ser acompanhado por quatro técnicos ao longo de quatro anos e irá ter sede no antigo edifício conhecido por Pinto das Bicicletas, agora requalificado, na Rua Vitorino Frois.

Maria da Conceição Pereira, provedora da SCMCR, explicou que existem dois grandes desafios que a instituição enfrenta, que são o constante funcionamento e garantia de qualidade dos serviços e a necessidade de obras, tendo em conta que esta já foi formada há quase cem anos. A provedora afirma que a primeira “grande aposta” é o concurso para a cozinha, que já está aberto e que “terminará a meio do próximo mês”. Esta está na expetativa que existam concorrentes, mas, ao mesmo tempo, receosa que não apareçam pessoas suficientes, uma vez que atualmente tem sido mais difícil captar colaboradores.

Para além de outras pequenas obras, a instituição está a trabalhar na requalificação da casa de repouso, por cima do Café Rosa, e do mais antigo edifício principal. Também na área habitacional, está “a trabalhar com a Segurança Social no sentido de criar residências autónomas para jovens que são institucionalizados”.

Maria da Conceição afirmou que, “ao longo dos tempos” têm “vindo a reforçar as equipas técnicas”. Têm agora, por exemplo, um jovem nutricionista formado a trabalhar a tempo inteiro, que tem ajudado na elaboração das ementas e na formação e aconselhamento dos seus jovens e idosos. As equipas técnicas dos dois centros de acolhimento também receberam apoio com jovens psicólogos.

A provedora acredita que a maior dificuldade é mesmo a “contratação do pessoal” e que este é um problema a nível nacional para as instituições. A SCMCR tem cerca de 150 trabalhadores e Maria da Conceição reconheceu que “é um trabalho exigente”, que “não é tão bem renumerado como deveria ser” e que se não fosse a imigração, dificilmente teriam trabalhadores suficientes. No entanto, disse que é sempre feito um esforço para valorizar os colaboradores que são há mais anos fiéis à instituição.

Feitas as contas este ano, a SCMCR abrange 75 crianças no jardim de infância, cerca de 100 idosos, perto de 60 pessoas no serviço de apoio domiciliário, 15 jovens e 15 crianças nos centros de acolhimento e, apesar de ser “muito flutuante”, entre 10 a 12 pessoas na cantina social, “num caso de permanência”.

A SCMCR “está a caminhar para o centenário” e Maria da Conceição revelou estar já a trabalhar há mais de um ano com o Património Histórico na reorganização do arquivo da instituição, para que daqui a três anos “seja feita uma publicação digna” dos cem anos de existência. Por enquanto, a provedora deixa um agradecimento especial a todos os voluntários, trabalhadores e entidades que apoiam a SCMCR.