Como manda a tradição não faltaram as sardinhas assadas, as febras e o caldo verde. A animação esteve a cargo de Nelson Lords e de Pykamilho, artista caldense, que pôs toda a gente a dançar.
“Parecia que estávamos num bairro típico de Lisboa”, comentava-se entre copos de cerveja. “Já fazia falta uma festa assim no centro da cidade”, diziam muitos, visivelmente felizes por ver a rua ganhar vida.
A ideia partiu de Zélia Marques, responsável pelo Camaroeiro Real, e rapidamente juntou o entusiasmo de outros comerciantes da zona, num esforço conjunto para devolver alegria e movimento ao centro da cidade durante os santos populares.
“Estava à espera que corresse bem, mas nunca imaginei que fosse tão bom”, confessou Zélia Marques ao Jornal das Caldas, visivelmente satisfeita com a adesão. “Fazemos o Arraial de Natal junto ao Litro e tem sempre muito sucesso, por isso lancei o desafio aos meus vizinhos como ao Citrus e também à Toca e todos aderiram com entusiasmo. Não convidei mais comerciantes porque o espaço é limitado”, contou.
Segundo a organizadora, este evento veio recuperar uma antiga tradição da cidade que eram “as festas populares que, em tempos, se faziam no Largo João de Deus. É uma forma de reviver a memória coletiva e de criar novos hábitos festivos na nossa comunidade”.
Zélia Marques sublinhou que “a Câmara Municipal não pode fazer tudo” e que é fundamental haver iniciativas vindas dos próprios comerciantes para dinamizar a cidade. “O papel do Município deve ser apoiar e permitir que estas ações aconteçam”, defendeu.
No final da festa, ela e a sua equipa limparam a rua, recolhendo copos, beatas e todo o lixo deixado para trás.
Com esta primeira edição a superar as expetativas, a empresária acredita que o Arraial de Santo António nas Caldas da Rainha tem tudo para crescer. “Se este foi apenas um ensaio, então o futuro promete. Queremos alargar a iniciativa, envolver mais pessoas e tornar este arraial numa tradição anual que todos esperam e celebram com alegria”, disse.
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